Cetose subclínica pode levar a altos custos na produção de leite. Os custos da incidência de cetose estão associados com queda na produção de leite e aumento do risco de uma ampla gama de doenças. Os custos diretos incluem intervenção veterinária, uso de medicamentos, o descarte de leite, redução da produtividade, problemas reprodutivos, etc. Os gastos indiretos envolvem aumento do risco de outras doenças, ampliação do intervalo entre partos, taxas de descartes mais elevadas, serviços extras por concepção e incremento do risco de morte.
Para cada vaca afetada, os custos totais da incidência da cetose subclínica foram calculados em US$ 955 [€735] (Esslemont, 2012). Em uma fazenda com uma prevalência de cetose subclínica entre 20% e 30%, representaria um custo médio entre US$ 190 e US$ 286 por vaca no rebanho. Para uma fazenda com cem vacas leiteiras, as despesas totais podem somar até US$ 29.000,00 por ano.
Produtos protegidos da ação ruminal (by pass) e disponíveis no intestino
A colina não é considerada um nutriente essencial para ruminantes, o que significa que a vaca leiteira pode produzir colina por si mesma. No entanto, existem indicações de que a quantidade endógena gerada é limitada, consequentemente, a suplementação de colina na ração é uma boa estratégia para otimizar a saúde do rebanho leiteiro.
A colina suplementada precisa estar disponível no lúmen intestinal. Colina livre será metabolizada no rúmen e vai perder os seus efeitos. Para ultrapassar a degradação no rúmen (by pass), existe, hoje, no mercado, vários produtos protegidos.Para proteger a colina do ambiente ruminal, usa-se uma matriz de ácidos graxos para não permitir que esta colina seja metabolizada no rúmen. A camada de proteção deve ser digerida a partir da ação das lipases e dos sais biliares, no início do intestino delgado, onde as enzimas digestivas quebram a matriz de gordura, e a colina é liberada para a absorção.
Proteção no rúmen (by pass), como tal, não significa necessariamente que o produto e eficaz. Alguns produtos possuem uma proteção exagerada. A proteção pode ser tão forte que a colina não é liberada no ambiente intestinal. Outros produtos podem estar fracamente protegidos, o que significa que a camada de proteção não é capaz de proporcionar suficiente sobrevivência ao ambiente do rúmen. Isso permite que a colina possa estar parcialmente ou mesmo completamente degradada no rúmen, antes de alcançar o intestino dos animais.
A combinação de experimentos in vitro/in vivo demonstra a “superproteção” e “subproteção” de alguns produtos. Nesses ensaios, a proteção no rúmen é mensurada por meio do “método in situ” e uma incubadora Daisy.Amostras do produto são introduzidas na incubadora, e depois de 12 horas, é medida a quantidade de colina que permanece estável(simulando a passagem pelo rúmen). Em seguida, os produtos são introduzidos no intestino delgado de um animal canulado (duodeno) e coletados nas fezes. Este assim chamado “método do saco de náilon móvel” é um método bem- -aceito para determinar a digestibilidade intestinal de produtos. A quantidade de cloreto de colina, que está eventualmente disponível para o animal, é o resultado da estabilidade no rúmen vezes a digestibilidade intestinal. Os resultados para a estabilidade ruminal, bem como para a absorção intestinal de colina disponível, está demostrado no Gráfico 1. Podemos concluir, com base nesse gráfico, que existem grandes diferenças entre os produtos disponíveis no mercado. Produto A tem uma forte proteção no rúmen (superprotegido). Esta proteção é tão forte que muito pouco do princípio ativo está disponível no intestino. O produto B tem uma baixa proteção no rúmen (sub protegido), portanto, a colina nunca atinge os intestinos. A Chave para o desenvolvimento de produtos protegidos no rúmen é encontrar o equilíbrio certo entre a proteção no rúmen e a digestibilidade intestinal. Orffa e Excentials desenvolveram, assim, o produto Excential Rumenpass CH, que tem uma proteção muito eficaz no rumen e digestibilidades intestinal muito elevada, resultando em maior quantidade de colina disponível para a vaca leiteira.